Sunday, August 18, 2002

resumo da corrida de hoje em budapeste - opinião do BOI

Assim até eu ganho! Rubens Barrichello correu bem pra caralho, fez a pole, largou bem, etcetera, etcetera... Mas o alemão deixou. Nas duas saídas de pit stop de Barrichello, Michael Schumacher vinha embalado o bastante para passar o brasileiro e não o fez. Ok, vamos do início...

Na largada, todos que largaram do lado limpo da pista, ou seja, nas posições ímpares - 1º, 3º, 5º, etc - se deram bem. Montoya, que largava em quarto, caiu para sétimo; Heidfeld, que largava em oitavo, não aparecia entre os 10 primeiros na primeira volta. Com isso, a ordem da corrida era em seu início: Barrichello, Queixadão, Juninho Bill, Fisichella, Felipe Massa, Button, Montoya, Raikkonen, Trulli e Coulthard. As Ferraris, lógico, despencaram na frente, abrindo entre 1 e 2 segundos de Ralf por volta. Barrichello nunca teve uma diferença maior que 1.5 segundos de Schumacher, exceto por ocasiões de tráfego. Ate a 21º volta, eles ficaram brincando de trenzinho até que Kimi Raikkonen resolveu pôr a mão na massa.

Veja esta situação: a três semanas atrás, Kimi era um piloto bonzinho, sossegado. Rápido, mas sossegado. Mas aí veio aquele chicano e se aproveitou do pobre finlandês pra fazer o lance mais bonito da temporada, aquela disputa lado a lado na Alemanha onde Montoya passou Kimi por fora. Corta. Hungaroring, 21º volta da corrida. Raikkonen vê Montoya a sua frente e se lembra do quanto foi motivo de chacota por seus conpatriotas veteranos Mika Hakkinen e Keke Rosberg, que nunca tomaram uma ultrapassagem daquela. Amigo, o sangue ferveu no moleque... Foi só Juan Pablo dar uma erradinha que Kimi botou por fora no colombiano e gritou "OU VOCÊ OU EU! VAMO VÊ QUEM QUE É HOMEM AGORA!!!". Juan Pablo foi embora na terceira curva.


"KIMI RAIKKONEN É O NOVO SENNA!" - BOI, num momento de empolgação

Ainda me recompunha dos risos quando Schumacher fez seu pit stop e na volta seguinte, Barrichello também o faria. Na saída do box, ficou claro e cristalino que Queixadão pisou no freio. Ele nem sequer esboçou uma ultrapassagem por fora, como seria natural naquele ponto. Assim como foi também na segunda rodada de pits. Pits esses que salvaram a Mclaren depois do vexame do treino de classificação [10º lugar pra Kimi e 11º para Coulthard]. Com a velha tática de ficar na pista até só sobrar o cheiro da gasolina no tanque, as Flechas de Prata gastaram menos tempo no pit stop e atingiram a zona de pontuação; Raikkonen em quarto e David em quinto, deixando Fisichella em sexto e Felipe Massa, que vinha em quinto desde a largada, fora da zona de pontuação.

"- E aí BOI, cê nunca fala do Yoong. Não vai falar do Anthony Davidson também?"
Pô cara, tamos aí. Toninho foi bem, correu na dele, não atrapalhou ninguem, tirou o [carro] dele da reta como pôde. Rodou, mas isso faz parte, né? Ao menos, classificou o carro e mostrou o quão bisonho era o malaio, que não conseguiu ficar na equipe nem com 10 milhões de dólares no bolso. Mas eu queria ver mesmo era o Bryan Herta lá, só pra não conseguir classificar o carro. Aí eu ia dar risada...

Senhores, eu já esperava uma corrida chata nesse kartódromo - Hungaroring não é autódromo nem fodendo - mas graças a alguns lances de magia de um cara chamado Kimi Raikkonen, passei longe de ter sono esta manhã. O cara é minha aposta pro futuro da Fórmula 1, junto com o Montoya. Rubens ganhou, fez bonito. Mas quem realmente fez nome aqui foi o finlandês...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home