resumo da corrida em monza - opinião do BOI

Ah, vecchia Monza. O mar vermelho dos tifosi que todos os anos invade o circuito pra ver a corrida mais curta e veloz da temporada, sempre na esperança de ver uma vitória das Ferraris. E Rubens Barrichello passou longe de decepcioná-los. O melhor nosso correu pra caralho e o alemão ainda chegou em segundo. Estrearam o novo pódio-palco ovacionados pela massa ferrarista ensandecida que se acotovelava pra tomar banho de champanhe. Parecia um show de punk rock.

Ok, a cena do pódio é a última. Vamos ver como chegamos aí.

Na largada, Ralf Príncipe Filho, pra variar, cortou a chicane e assumiu a ponta. Seu irmão cochilou e caiu pra quarto, ficando encumbido de cozinhar o galo. Barrichello, em terceiro, começou a atacar João Paulo Montoya sem piedade alguma. Quatro voltas depois, a recompensa: Ralf quebra o motor na Parabólica e o nosso embute de vez em Montoya, passando-o no final da reta dos boxes. De terceiro para a liderança num lance só.

A partir daí foi um festival de voltas mais rápídas feito por Barrichello, já que ele era mais de um segundo por volta mais rápido que Schumacher e Montoya. Também não demorou muito para que o alemão passasse o colombiano mas seu ritímo continuava mais lento que o de Rubens. "- Pronto, cagou o pau, o Rubinho vai fazer duas paradas. A corrida é do alemão." Foi isso o que todos vocês pensaram nessa hora, não? Mas felizmente o sr. Murphy não estava acordado para ver a corrida de hoje.

Rubens abriu uma grande vantagem antes e depois da primeira parada, permitindo que voltasse na frente de Schumacher após a segunda parada. Este também não fez lá muuuito esforço pra disputar a freada com o brasileiro. Talvez ele quisesse evitar a fadiga. Rubens em primeiro, Schumacher em segundo, tudo no script. E Monza ia a loucura.

No segundo pelotão, a corrida esteve bem animada, por conta da ótima largada de Olivier Panis (ganhou sete posições), pela evolução gigantesca da Jaguar de Eddie Irvine e pelas quebras posteriores de Montoya e Raikkonen. Coulthard se mostrou peso morto. Mika Salo tinha grandes chances de fazer pontos para a Toyota, mas recebeu uma punição por ter "pisado" na linha de segurança da saída dos boxes. Fisichella ameaçou uma tática diferente sendo o útlimo piloto na pista a parar para pit sotp mas acabou em sétimo. As Renaults apostaram em também retardar a parada e acabaram recompensadas com um 4º lugar para Jarno Trulli (que largou em ÚLTIMO) e um 6º para Jenson Button.

E Felipe Massa... Na minha opinião, ele acabou de selar seu caixão para a temporada que vem nesta corrida. O toque com o Pedro De La Rosa foi altamente inoportuno e só externou a inexperiência do brasileiro. De La Rosa havia ultrapassado o brasileiro cortando a chicane dos boxes e deveria devolver esta posição. Porém Massa foi pra cima do espanhol e na mesma volta forçou a ultrapassagem. Os dois se tocaram e De La Rosa abandonou, com bico danificado e pneu estourado. Pela foto dá pra ver quem é que fez a cagada.


Felipe Massa pressiona De La Rosa a sair da pista (???).

Felipe abandonou na volta seguinte com o pneu furado, na mesma variante Ascari. Como não deu tempo de aplicar nenhum apunição em pista para Massa, a FIA decidiu que ele perderá 10 posições no gird de largada da próxima corrida, em Indianápolis.

Quando tudo parecia tranquilo no fim, Jean Todt resolveu dar um pouco mais de emoção à chegada. Michael diminuiu o rítimo e ficou quase 20 segundos atrás de Barrichello. Nas 4 últimas voltas, o brasileiro fez o mesmo, dando impressão de um problema nas duas Ferraris. Que nada, estavam só administrando. Passaram pela bandeira quadriculada juntos. Um final épico e que demonstrou toda exuberância e domínio da Scuderia este ano. Irvine completou o pódio mais ferrarrista da temporada, já que o irlandês foi vice campeão pela equipe em 1999.

E ainda tem quem queira mutilar os velhos circuitos.